Nesta semana, o comitê do Banco Central (BC) anunciou o reajuste da taxa Selic, taxa básica de juros do país, principal ferramenta para o combate à inflação, elevando de 10,75% para 11,75%.
Apesar de seu nono aumento consecutivo, e sem previsão para fim do ciclo de alta, o Brasil perdeu o primeiro lugar no ranking de países com maiores juros reais do mundo para a Rússia.
Devido a guerra, o país segue sofrendo uma série de sanções, incentivando o governo local a aplicar altos juros e, portanto, ultrapassando o Brasil no ranking, que agora ocupa a segunda posição.
A mudança na Rússia aconteceu no último dia de fevereiro deste ano, quando o banco central do país anunciou mudanças bruscas nas taxas com objetivo de apoiar a estabilidade financeira dos preços e proteger a economia dos cidadãos.
Os dados são do levantamento da Infinity Asset, que mediu os juros reais dos países, obtidos a partir da subtração da taxa de juros pela projeção de inflação para os próximos 12 meses.
O estudo usou como base as informações do relatório Focus, do BC, e estimou que os juros reais para os próximos meses seriam de 7,10%, perdendo para a Rússia que alcança os 30,07%.
Mesmo com uma diferença que parece distante do primeiro para o segundo lugar, o terceiro colocado do ranking, a Colômbia, apresenta juros reais de apenas 3,65%, metade do número do Brasil.
Avaliando a taxa em si (juros nominais), o Brasil é o quarto colocado, perdendo para Argentina, Rússia e Turquia.
Em fevereiro deste ano, o país ocupava o primeiro lugar no ranking de piores juros reais do mundo, com 6,26% e a Rússia em segundo lugar com 4,67%.
Fonte: Contábeis