O aumento da taxa básica de juros para 13,25% ao ano foi anunciado na última quarta-feira (15) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
É o maior nível da taxa básica de juros desde janeiro de 2017. Com a definição, a caderneta de poupança seguirá perdendo para outras aplicações em Renda Fixa.
Contudo, é preciso levar fatores externos como a inflação em todo o mundo, a guerra no leste europeu, que complicam o cenário econômico global, e o ano eleitoral no país.
De acordo com o sócio da WFlow, Paulo Saad, “investir em Renda Fixa, com taxas pós-fixadas acima de 110% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), garantem boa rentabilidade e defesa caso o cenário de alta continue no próximo semestre”, explicou.
Segundo ele, com os juros mais altos, a rentabilidade oferecida por títulos de Renda Fixa bancários e públicos como os do Tesouro Direto e CDBs (Certificado de Depósito Bancário) é maior.
Já os títulos privados como Debêntures (títulos emitidos por empresas para financiar seus projetos e operações), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) também continuam sendo boas opções.
Os investimentos pós-fixados neste momento continuam tendo uma boa rentabilidade. CDI+1 CDI+2 CDI+3 são ótimas opções acima de 14, 15 e até 16%, muitas vezes ainda com isenção de imposto de renda, segundo o especialista.
“A alta nas taxas de juros levam muitos investidores a sair da volatilidade da renda variável e ir para a renda fixa, no entanto se a Selic sobe é porque a inflação está alta e se a descontarmos do ganho da renda fixa, por exemplo, teremos o ganho real e pode não ser tão vantajoso para o investidor”, completou.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária está marcada para os dias 2 e 3 de agosto.
Fonte: Contábeis